domingo, 4 de setembro de 2016

Papel da família na educação

Assistindo a uma entrevista do professor. Mário Cortella pelo Youtube, me deparei com algumas contradições no que ele falou, a respeito do papel dos pais na educação de hoje, e dei minha opinião, que reproduzo aqui:

Reprodução de meu comentário no Youtube

A pergunta de entrevistadores é quase sempre tendenciosa e provocativa:

"Os pais pensam que a escola é que deve fazer tudo". "Os pais de hoje estão preocupados com outras situações e empurram tudo pro professor".

É um entrevistador fraco mesmo. Hoje, as mães, baluarte da educação dos filhos, inegavelmente,, precisam, infelizmente, trabalhar. A renda do provedor, o pai, não dá mais conta de tantas necessidades. Ontem as contas eram prestação/aluguel, água e luz. Hoje foram acrescidas internet, celulares, lanches coletivos, contribuição disto e daquilo, dinheiro para camiseta de olimpíadas, dia da família, dia da avó, dia do avô, e outras datas inventadas pelas escolas, despesas com automóvel, etc.

E a escola inventou maneiras de tumultuar, cada vez mais, a vida dos pais, tomando o seu tempo. Se o aluno faz uma careta pro colega, a escola marca reunião. Se ele chama o colega de gordo ou de magro, tome mais reunião. Se  o aluno não apresenta o para casa, mais reunião.

Se a escola é que ajuda os pais na educação dos filhos, durante o curto tempo de aula, onde a responsabilidade de nossos filhos fica a cargo dos educadores, ela é que tem que assumir o papel, durante aquelas poucas horas, de corrigir os alunos. Na escola, durante o período letivo, o aluno está dentro dos terrenos escolares, onde a autoridade é o diretor, os coordenadores e professores.

E nós sabemos como decaiu a capacidade de uma pessoa assumir sua autoridade, e vemos isto nos coordenadores e professores. Eles querem os alunos ideiais, aqueles obedientes, padrão de uma boa educação, e CONSPIRAM (esta é a verdade)  contra os alunos FORA do PADRÃO, de forma a forçar a sua saída da escola, ficando apenas, para seu conforto, com os alunos bobões, seguidores cegos de regras, aparvalhados e tontos, que serão profissionais subservientes e corruptos.

Prestem a atenção nos parâmetros q o entrevistado dá como referência:

O professor tem que lidar com 30/40 alunos em sala de aula;

Este número de alunos foi ditado pelos antigos Liceus, internatos, instituições derivadas de outras militares. Era possível manter este número de alunos numa única sala, pois os professores tinham caráter compatível com alguém que exerce a autoridade. Hoje temos frouxos.

E diz o entrevistado que os pais são submissos aos filhos. Ora, quem inventou a famigerada "Lei da Palmada" ? O Estado, sob influência de educadores e pseudo-didatas. A Autoridade  precisa utilizar uma certa força para manter as coisas sob controle. E ainda tem gente dizendo, agora, que um simples falar ríspido já é uma violência contra o menor. Cortella, influenciado pelas crescentes ondas de "politicamente correto", entrou nessa. Mas ele mesmo confessa que já bateu nos filhos, dentro dos limites razoáveis, pois se vê que é um homem culto.

Ele diz que a criança dorme a hora em que quer. Vamos dar a ele algumas informações. O jovem estuda pela manhã, ou de tarde, e ainda pode ter aulas particulares. Alias, sobre estas aulas particulares, quem recomenda é a própria escola. E por quê ? Para melhorar o aprendizado do aluno ? Não. As escolas particulares são mancomunadas com antigos alunos, que dão aulas particulares. Estes foram os desejados subservientes, cumpridores de regras, que tiravam as melhores notas, mas que não partiram para uma carreira profissional derivada (Engenharia, Direito, Administração, Psicologia).

Hoje se recomenda também acompanhamento de psicólogos, geralmente ex-alunos das escolas. E é obrigatório. O professor virou "Supervisor de Ensino". Ele fica sentado em sua cadeira, com um computador à sua frente, sugerindo os métodos aos alunos: "Abra a página tal do livro". Leia e vamos interpretar. E tem as apresentações em Power-Point, praticamente lidas. Isto quando não mandam os alunos fazerem e apresentarem. Isto deve ser feito apenas DEPOIS do aluno ter a aula expositiva.

Ele fala da violência de alunos contra professores. Ora, eles, professores, coordenadores e didatas foram ois mais aguerridos combatentes contra a autoridade dos pais. Os pais devem ter a liberdade de "pressionar" os filhos, com as palmadas, os tapas, os puxões de orelha, pois hoje observamos os resultados INQUESTIONÁVEIS de sua não aplicação. Os próprios jovens, em conversa, dizem que se um dia o filho fizer isto ou aquilo, vão "descer o cacete" nos mesmos. Eles não querem sofrer, mas estão prontos a exercer a violência sobre os filhos.

Epílogo

Precisamos tomar cuidado com a opinião de teóricos sobre educação, e reagir, na prática contra a degradação da educação no Brasil.